sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Medicine Buddha Mantra






Tayatha Om
Bekandze Bekandze
Maha Bekandze
Randza Samugate
Soha



Significa o seguinte:
"Curador, Curador, Grande Curador, Rei dos Curadores, por favor, cure todas as doenças físicas e mentais, os três venenos que são a ignorância, a raiva e o apego. Cure, principalmente, o apego a si mesmo, a raíz do samsara pessoal, para que todos os seres possam atingir a cura completa da iluminação."

domingo, 26 de junho de 2011






Padmasambhava e o Vajra Guru Mantra
dezembro 9, 2007 in Budismo Tibetano, Mantras
Padmasambhava, que quer dizer “Nascido do Lótus”, conhecido por vários nomes, entre eles Guru Rinpoche (Precioso Mestre), foi o fundador do Budismo Tibetano. O seu mantra Om Ah Hum Vajra Guru Padma Siddhi Hum é um dos mais conhecidos e poderosos no Budismo Tibetano. E se diz que este mantra contém a essência de todos os Budas (do passado, presente e futuro).

(este texto é uma tradução livre de Inglês para Português:)

VAJRA GURU PHAN-YON
Comentário sobre as sílabas místicas e benefícios do VAJRA GURU MANTRATradução do texto de W. L. R. Sanderson-Cassidy (original tibetano de TulkuKarma Lingpa)
Aqui está o Comentário das Sílabas Místicas e Benefícios do Mantra Guru Vajra(Mantra do Diamante), que aparece no Terma de Tulku Karma Lingpa.
A NA DZA SHA MA ZHA MA RGA RMA
VAJRA GURU DEVA DAKINI HUM
Presto homenagem ao Lama, aos Yidam e às Dakini.
A Dakini Yeshe Tsogyal disse: Eu, Yeshe Tsogyal, uma simples mulher, tendo realizado as oferendas interiores, exteriores e secretas do vasto mandala ao Guru Rinpoche, faço agora este pedido. Ó Mestre Padmasambhava, rogo-te que nos concedas a nós, povo do Tibete, a infinita assistência nesta vida presente e nas vindouras. Nunca houve antes nem haverá no futuro uma benção tão grandiosa quanto Vós. Não tenho dúvidas de que mesmo a mim, uma simples mulher, me será concedida a Vossa Sadhana, que é, em si própria, um puro e preciso néctar. Vejo que se aproxima um tempo, no futuro, no qual os seres humanos possuirão intelectos inconstantes e opiniões instáveis. Serão pessoas facilmente excitáveis, impacientes, com predisposição para a violência. Agarrar-se-ão a pontos de vistas contrários ao Dharma sagrado. Em particular, depreciarão a Doutrina dos Mantras Supremos Secretos. Nessa altura, aumentarão como armas terríveis, para todos os seres, os três grandes males: doença, pobreza e guerra. Chegará um tempo de sofrimento terrível para o Tibete e para o seu povo. Os problemas espalhar-se-ão com grande devastação pelas três regiões da China, Tibete e Ásia Central, como formigas fugindo do formigueiro destruído. Vós, ó Guru, proclamastes muitos meios hábeis para curar estes males. Contudo, para estas pessoas dos tempos vindouros não haverá oportunidade para praticar o Sadhana. Apenas um número muito reduzido de pessoas terá o desejo de o praticar. Por toda a parte, os distúrbios e distrações aumentarão fortes e poderosos. Os seres humanos serão incapazes de se entenderem entre si. Mesmo os materiais necessários ao puja e à preparação para a prática do Sadhana serão incompletos. Nestes tempos maus, será extremamente difícil desviarmo-nos dessas sendas. Em tempos como esses, ó Guru, se confiarmos unicamente na Vossa Sadhana, que é o Mantra Vajra Guru, que benefícios e vantagens advirão disso? Pelo bem dos seres futuros com intelecto inferior, desprovidos de um entendimento espiritual profundo, esclarecei-nos. Então o Grande Mestre falou:Ó filha fiel, o que tu disseste é verdade. Nesses tempos futuros, é certo que da prática advirão benefícios imediatos e a longo prazo para todos os seres sencientes. Eu esconderei dezoito tipos de Termas: os tesouros da terra, os tesouros da água, os tesouros do céu e por aí fora, que contém um número incalculável de Sadhanas e de ensinamentos secretos. Nesses tempos maus, os meios hábeis daqueles que possuem um bom karma e a auspiciosa coincidência de acontecimentos serão demasiado difíceis de atingir. Tempos assim são caracterizados pelo esgotamento de quaisquer méritos adquiridos. No entanto, se em lugares como nos Vinte e Quatro Grandes Lugares de Peregrinação ou em templos e vilas ou no pico de uma grande montanha ou num grande rio ou em terras altas ou em terras baixas, habitadas por deuses, demónios e fantasmas, se alguém possuidor dos votos secretos ou dos mantras ou monges possuidores dos votos do Sangha ou mesmo se houver um leigo devoto ou uma mulher de bom carácter, que cultive intensamente a intenção de atingir a Iluminação, se cada um conseguir repetir a essência do Mantra Vajra Guru cem vezes, mil, dez mil ou um milhão de vezes, ou tantas quanto possível, o poder daí resultante será inconcebível à mente humana. Mais, por todas as direcções, a doença, pobreza, guerra, conflitos, fome, profecias terríveis e maus presságios serão desviados. Em todas as direcções chegarão a boa fortuna, gado saudável, colheitas abundantes e chuva em todas as estações do ano. A quem quer que pratique aparecerei na vida presente, nas vidas futuras e no estádio intermédio. Aparecerei com a minha presença real à pessoa superior, aparecerei como uma visão à pessoa intermédia e em sonhos à pessoa inferior. Mais ainda, é certo que essas pessoas, homens ou mulheres, tendo gradualmente percorrido todos os estágios, entrarão na terra de Camaradvipa como vidyadharas. Aquele que repetir o mantra ininterruptamente cem vezes por dia entrará sem esforço no pensamento dos outros de forma favorável. Haverá para essa pessoa comida em abundância, saúde e boa fortuna. Aquele que repetir o mantra mil ou dez mil vezes, ganhará controle sobre as mentes dos outros e é certo que atingirá poder e bênçãos. Quem repetir o mantra cem mil, dez milhões de vezes ou mais, acumulará o poder dos Três Mundos e ganhará controle sobre os Três Reinos da Existência. Deuses e demónios tornar-se-ão seus servos e atingirá, sem qualquer impedimento, os quatro rituais mágicos. Essa pessoa estará apta, sem qualquer impedimento, a ajudar todos os seres, tanto quanto quiser. Quem conseguir contar trinta milhões ou setenta milhões de recitações tornar-se-à inseparável dos Budas dos três tempos: passado, presente e futuro. Na realidade, essa pessoa será idêntica a mim. Todos os deuses e rakshasas ouvirão e obedecerão aos seus comandos, cumprindo todo aquilo todo aquilo que lhes for confiado. A pessoa superior atingirá ainda nesta vida o Corpo de Arco-Íris. A pessoa mediana, na ocasião do Bardo Chi-khai, perceberá a luz clara da Iluminação ['od-gsal]. Mesmo a pessoa inferior, assim que vir o meu rosto no Bardo, ficará livre das aparições (que normalmente aparecem ali) e, tendo renascido em Camaradvipa, dará uma incomensurável ajuda a todos os seres. Então, a Dakini Yeshe Tsogyal perguntou: Ó Grande Mestre, agradecemos-te pelo vasto e incomensurável poder e benefícios. Contudo, para o bem dos seres vindouros, por favor, faz uma breve exposição, em forma de sutra, do incomensurável poder e benefícios, do comentário das sílabas místicas do Mantra do Guru Padma. Então, o Grande Mestre disse: Ó filha de nobre família, aquele que é denominado o Mantra Vajra Guru é não apenas o meu nome, como também representa o próprio coração ou essência vital dos Yidams, dos quatro tipos de Tantras, dos Nove Veículos e das oitenta e quatro mil secções do Dharma. Este Mantra é completo e perfeito, pois é a própria essência de todos os Budas dos três tempos, de todos os Gurus, Devatas, Dakinis e Dharmapalas. Se alguém perguntar a causa desta perfeição então permitam que o ouça bem e que o retenha com firmeza na sua mente. Permitam que repita o mantra uma e outra vez. Permitam que o anote. Então, permitam que se instrua e expliquem o seu significado a todos os seres vindouros.
OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Om, Ah, Hum são a suprema essência do corpo, palavra e mente.
Vajra Guru Padma Siddhi Hum referem-se aos cinco aspectos ou famílias de Buda.
Vajra é a suprema essência da família Vajra;
Guru é a suprema essência da família da jóia;
Padma é a suprema essência da família do Lótus;
Siddhi é a suprema essência do karma;Hum é a suprema essência da família de Tathagata.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Om é a perfeição do Sambhogakaya, que encarna os Budas das cinco famílias.
Ah é a perfeição completa e imutável do Dharmakaya.
Hum é a perfeição do espaço diante do Guru Nirmanakaya.
Vajra é a perfeição da divina assembleia de Herukas.
Guru é a perfeição da assembleia do Guru Vidyadharas.
Padma é a perfeição da divina assembleias das Dakinis e Shakinis.
Siddhi é a energia vital [prana, srog] de todos os deus da fortuna e senhores da riqueza.
Hum é a energia vital de todos os Dharmapalas sem excepção.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Om, Ah, Hum são as energia vitais dos três tipos de Tantras.
Vajra é a energia vital das duas secções denominadas Vinaya e Sutras.
Guru é a energia vital dos dois Tantras Abidharma e Kriya.
Padma é a energia vital do Tantra Upaya e Tantra Yoga.
Siddhi é a energia vital de Mahayoga e Anuyoga.
Hum é a energia vital do Atiyoga.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Om, Ah, Hum purificam todas as obscuridades provenientes dos Três Venenos.
Vajra purifica todas as obscuridades provenientes do ódio.
Guru purifica todas das obscuridades proveniente do orgulho.
Padma purifica todas as obscuridades provenientes da inveja.
Hum purifica todas as obscuridades provenientes de todas as máculas.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Através de Om, Ah, Hum obtemos o Dharmakaya, o Sambhogakaya, e Nirmanakaya.
Através de Vajra obtemos a Gnose semelhante ao espelho [jnana].
Através de Guru obtemos a Gnose da semelhança (Nota: “sameness” na tradução inglesa)Através de Padma obtemos a Gnose da Discriminação.
Através de Siddhi obtemos a Gnose de Tudo-alcançar.
Através de Hum obtemos tudo o que provém da Gnose.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Através de Om, Ah, Hum controlamos os deuses, demónios e homens.
Através de Vajra controlamos os espíritos hostis, os Gandharvas e os espíritos do fogo.
Através de Guru controlamos os espíritos hostis de Yama e Rakshasas.
Através de Padma controlamos os espíritos hostil da água e do ar.
Através de Siddhi controlamos os espíritos hostis de Yakshas e os demónios poderosos.
Através de Hum controlamos os Genii Planetários e os Senhores da Terra.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Através de Om, Ah, Hum obtemos as Seis Perfeições.
Através de Vajra obtemos todos os rituais mágicos pacíficos.
Através do Guru obtemos todos os rituais mágicos da prosperidade.
Através do Padma obtemos todos os rituais mágicos todo-poderosos.
Através de Siddhi obtemos todos os rituais mágicos do sucesso mundano.
Através de Hum obtemos todos os rituais mágicos aterradores.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Através de Om, Ah, Hum neutralizamos as influências mágicas tanto dos Lamas como dos Böpos.
Através de Vajra neutralizamos as influências hostis da vingança dos deuses.
Através de Guru neutralizamos as influências hostis dos deuses Rakshasas e das divindades naturais.
Através de Padma neutralizamos as influências hostis das divindades mundanas menores e dos demónios.
Através de Siddhi neutralizamdos as influências hostis dos Nagas e dos Senhores da Terra.
Através de Hum neutralizamos as influências hostis dos deuses, demónios e homens.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Através de Om, Ah, Hum vencemos as hostes militantes dos Cinco Venenos.
Através de Vajra vencemos as hostes militantes provenientes do ódio.
Através de Guru vencemos as hostes militantes provenientes da cobiça.
Através de Padma vencemos as hostes militantes provenientes da inveja.
Através de Siddhi vencemos as hostes militantes da inveja.
Através de Hum vencemos as hostes militantes dos deuses, demónios e homens.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Através de Om, Ah, Hum obtemos os siddhis do Corpo, Palavra e Mente.
Através de Vajra obtemos os siddhis das divindades pacíficas e iradas [Yi-dam zhi-khro].
Através de Guru obtemos os siddhis do Guru Vidyadhara.
Através de Padma obtemos os siddhis das Dakinis e das Dharmapalas.
Através de Siddhi obtemos os siddhis tanto comuns como supremos.
Através de Hum obtemos todos os siddhis concebíveis.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Através de Om, Ah, Hum transmigramos para o Reino Primordial.
Através de Vajra transmigramos para o Reino Felicidade Manifesta que está na direcção Este.
Através de Guru transmigramos para o Reino da Fortuna, que está na direcção Sul.
Através de Padma transmigramos para o Reino da Grande Bênção que está na direcção Oeste.
Através de Siddi transmigramos para o Reino Supremo que está na direcção Norte.
Através de Hum transmigramos para o Reino Inabalável que está no Centro.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Através de Om, Ah, Hum obtemos o Vidyadhara dos Três Corpos.
Através do Vajra obtemos o Vidyadhara estabelecido no primeiro estágio.
Através do Guru obtemos o Vidyadhara do poder da longevidade.
Através do Padma obtemos o Vidyadhara do Mahamudra.
Através do Siddhi obtemos o Vidyadhara autocriado [lhun-grub].Através do Hum obtenos o Vidyadhara completamente maturado.

OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM
Se pronunciarmos o Mantra Vajra Guru apenas uma vez então mesmo que apareça a doença e a miséria, o mérito disto será maior do que a inteira expansão do Jambudvipa. É certo que todos os seres, homens e mulheres, que olharem, ouvirem ou memorizarem este mantra tornar-se-ão vidyadharas. As palavras verdadeiras do Guru Vajra nunca falham. Se acontecer que alguém não obtenha o seu desejo da forma como o disse, então, eu, Padma, falhei com todos os seres sencientes. No entanto, uma vez que é certo que eu não falho, as pessoas devem praticar a sadhana de acordo com as minhas instruções. Quem não conseguir cantar o mantra repetidamente, deve colocá-lo no cimo de um poste como uma bandeira vencedora, pois, sem dúvida, os ventos levá-lo-ão a todos os seres. Em alternativa, pode desenhá-lo em madeira, pedra, terra ou noutra coisa, consagrando-o, tornando-o poderoso [rab-gnas], e então colocá-lo num sítio alto ao longo da estrada. Vendo-o ali, todos os seres serão purificados de doenças, espíritos malignos e obscuridades. Num local assim, fica detida a passagem dos demónios e rakshasas. Pode ainda escrevê-lo num papel azul-escuro com tinta de ouro puro e encaderná-lo. Desta forma, os espíritos malígnos, diabos e fantasmas ficarão incapazes de fazerem qualquer tipo de mal. Após a morte, se for queimado com o corpo, aparecerá um arco-íris. Mais, é certo que essa pessoa transmigrará para a Grande Bênção [bde-chen]. Se uma pessoa escrever e ler este mantra repetidamente, seguramente passará para lá de qualquer medida de virtude. Para o bem de todos os seres sencientes vindouros, eu escreverei isto e escondê-lo-ei. Então, que alguém possuidor de bom karma o encontre.
SAMAYA! GYA GYA GYA!
(este é o meu voto secreto, três vezes selado!)
Que permaneça em segredo daqueles com visão herética.
GYA GYA GYA!
Contudo, que seja oferecido a todos aqueles que são firmes nos seus votos.Tulku Karma Lingpa recuperou este tesouro escondido e copiou-o do Shog-ser.Nota: Este texto consiste num diálogo entre a princesa tibetana Yeshe Tsogyal e o seu Guru, Padmasambhava. Consiste num comentário sobre o significado escondido das síladas do Mantra de Padmasambhava Vajra Guru. Trata-se de um excerto de um trabalho maior, o Shog-ser, que pertence a um Terma descoberto pelo grande Mestre de Terma Karma Lingpa. Este mestre é também responsável pela descoberta do famoso Bardo Thosgrol ou “Livro Tibetano dos Mortos”. É um ser extraordinário cujas primeiras descobertas ocorreram quanto tinha apenas 15 anos de idade. A primeira edição da versão inglesa traduzida do original tibetano, que data do séc. XIV, foi imprensa em 6 de Junho de 1998, nos EUA.Que todos os méritos decorrentes da publicação deste trabalho sejam imediatamente transferidos para o benefício de todos os seres. (Veja o texto original em Inglês)
=================================

OS BENEFÍCIOS DO MANTRA DO MESTRE DE DIAMANTE
É interessante conhecer o alcance do mantra que está no coração do yoga do Mestre. O diálogo que se segue é uma tradução livre de certas passagens de um texto escrito no século VIII e relata uma conversa entre Padmasambhava e a dakini Yeshe Tsogyal, sua principal discípula tibetana. Após ter apresentado a Guru Rinpoche as oferendas exteriores, interiores e secretas, Yeshe Tsogyal fez-lhe o seguinte pedido:«Oh Mestre Venerado, para o meu bem e para o bem dos seres a vir, considerai este meu pedido. O facto de vos ter encontrado é para mim e para as pessoas do meu tempo um bem inestimável. Nos tempos vindouros, encontrar-se na presença de um ser como vós será extremamente difícil. Pessoalmente, recebi ensinamentos, conselhos e práticas com abundância e todas as dúvidas me abandonaram. Em contrapartida, vós mesmos haveis previsto dificuldades consideráveis para os homens e mulheres dos tempos futuros: de espírito turbulento, grande dificuldade terão para encontrar e compreender os ensinamentos autênticos. A profusão de visões desgarradas e de ensinamentos falaciosos ensombrarão os seus espíritos, quão difícil lhes será discemir o verdadeiro do falso! Mais ainda, muito renitentes ficarão diante dos verdadeiros ensinamentos. Chegada a época dos desastres, das guerras, das fomes e doenças, os seres irão vaguear de continente em continente, sempre em fuga, como formigas escorraçadas do formigueiro. Haveis dado numerosas indicações sobre a maneira de repelir as calamidades e as idades difíceis; todavia, esses tempos vindos, muitos desejarão voltar-se para o Dharma, mas há-de faltar-lhes o vagar. Quanto aos que exprimirem um real interesse pela prática, difícil lhes será aprofundá-la. A discórdia reinará entre os seres; tanto os seus alimentos como os objectos usuais perderão as qualidades naturais e serão contaminados. Para entravar essas condições nefastas, haveis já invocado o poder dos mantras e do mantra do Mestre de Diamante em particular. Tende a bondade de nos explicar esse mantra e o modo de o utilizar.»
O grande sábio respondeu:«É verdade, nesses tempos os desastres e as calamidades irão abater-se. Em intenção dos seres que então viverão, escondi tesouros em diferentes sítios do planeta – em rochedos e montanhas, nos rios e também no coração de seres predestinados. Esses tesouros serão extremamente benéficos.Quanto ao mantra do Mestre de Diamante, é também o mantra de todos os seres iluminados. Nos tempos difíceis poderá ser cantado em lugares sagrados ou em lugares solitários, no cimo das montanhas, à beira de rios ou dos oceanos, ou ainda em lugares varridos por catástrofes. Haja um grande praticante, um monge autêntico ou alguém de imensa compaixão que então o recite cem, mil, dez mil, cem mil vezes ou mais, e o resultado será inconcebível. O som do mantra poderá estrangular ou afastar todo o tipo de flagelos, tais como doenças, fomes ou guerras, bem como as consequências do desequilíbrio da Natureza: colheitas más, chuvas torrenciais, inundações ou secas. Este mantra contém em si imensos poderes, que permitem equilibrar os diferentes elementos tanto no plano exterior como interior e secreto. Quem quer que o pratique encontrará o Perfeitamente Iluminado, o Buda, nesta vida, nas vidas futuras ou no estado intermediário, em sonho ou em realidade. Aquele ou aquela que, com uma compaixão autêntica, o recitar regularmente, pelo menos cem vezes por dia, não conhecerá qualquer dificuldade material e verá os seus desejos cumprirem-se pelo poder dessa recitação. Aquele ou aquela que o recitar mil vezes por dia receberá incalculáveis bênçãos, bem como a capacidade de socorrer os demais de modo inconcebível. O praticante que o recitar cem mil vezes ou dez vezes cem mil de modo contínuo, ou seja, todos os dias e sem interrupção, poderá pacificar tudo o que é negativo e adquirirá para si e para os demais o poder de prolongar a vida e aumentar a sabedoria, e poderá dominar os fenómenos e subjugar as forças negativas. O seu poder de ajudar os outros aumentará consideravelmente. Quem quer que faça trinta ou setenta vezes cem mil recitações de maneira contínua, tornar-se-á inseparável dos Budas do passado, do presente e do futuro e receberá conselhos e indicações directamente dos seres iluminados. Todos os seus votos se realizarão. Pelo melhor, obterá no espaço de uma única vida o corpo de arco-íris. A um nível mediano, alcançará a liberdade última no momento da morte. No pior dos casos, durante o bardo, eu, Padmasambhava, virei em pessoa para o guiar na via da completa Iluminação.»
De novo, Yeshe Tsogyal disse:«Mestre, eis uma prática verdadeiramente extraordinária! Tende a bondade de nos explicar o sentido deste mantra, de tal modo que os seres humanos vindouros possam compreendê-lo melhor.»
Padmasambhava deu-lhe então uma resposta extremamente pormenorizada, da qual se seguem alguns extractos:«Este mantra é a essência de todos os mantras. Através dele podemos explicar todas as ciências e todos os ensinamentos que existem. Ouve com atenção, coloca por escrito o que vou dizer e explica-o então a quem tenha necessidade:Om corresponde à natureza do corpo, Ah à natureza da palavra e Hung à natureza do espírito de todos os Budas. As cinco palavras Vajra Guru Padma Siddhi Hung referem-se aos cinco aspectos ou ‘famílias’ de Buda: a famí1ia do Diamante (Vajra), da Jóia (Ratna), do Lótus(Padma), do Duplo-Vajra (Karma) e da Roda (Buda). Representam as cinco sabedorias: a sabedoria como o espelho, a sabedoria da equanimidade, a sabedoria que discerne, a sabedoria que tudo realiza e a sabedoria do espaço absoluto.Quanto ao efeito deste mantra:As três sílabas Om Ah Hung têm o poder de purificar os seres dos três principais venenos, que são a aversão, o apego e a ignorância. As sílabas Vajra Guru Padma Siddhi Hung actuam sobre as emoções de modo mais específico: Vajra pacifica a emoção grosseira da aversão e os obscurecimentos que ela provoca; Guru dissipa os véus grosseiros e subtis do orgulho; Padma suprime os véus e as emoções provenientes do apego; Siddhi aplica-se à inveja e ao ciúme; Hung purifica da ignorância e dos véus subtis que ela implica.Este mantra não trata apenas as desordens emocionais devidas aos cinco venenos, trata também dos seus efeitos sobre o corpo físico: os desequilíbrios que perturbam os órgãos principais.Podemos igualmente dar uma tradução literal deste mantra:Om Ah Hung: o corpo, a palavra e o espírito.Vajra: o diamante indestrutível.Guru: supremo, o mestre.Padma: o lótus.Siddhi: as realizações.Hung: receber, reunir, perfazer.
Este mantra possui um grande poder de protecção contra as forças exteriores susceptíveis de perturbar o espírito e os órgãos vitais. Pode repelir e suprimir todo as formas de violência, caso alguém de imensa compaixão o pratique assiduamente ou numerosas pessoas o recitem em uníssono: Om Ah Hung repele os conflitos armados derivados dos três venenos de um modo geral. De modo mais específico e em relação com os cinco venenos, Vajra repele as guerras causadas pela cólera; Guru as que nascem do orgulho; Padma as devidas ao apego egoísta; Siddhi as que são inspiradas pela inveja e pela cobiça; Hung as que resultam de uma influência exterior súbita, fonte de desequilíbrios (por exemplo, a influência que impele os dirigentes das nações a agir de maneira irresponsável).»
Segundo Padmasambhava, cantar este mantra, ainda que uma só vez, tem um efeito subtil de tal modo vasto que, se pudéssemos dar a este último uma forma, o universo inteiro não bastaria para a conter. Escrevê-lo de maneira a que seja visto e recitá-lo de maneira a que os seres o ouçam ou o recordem são fontes de imensos benefícios. Cantá-lo onde tenha havido um acidente, um desastre natural ou qualquer outro tipo de dificuldades, previne o seu recrudescimento. Se quisermos ajudar uma pessoa ou um animal à beira da morte, podemos colocar sobre o corpo do moribundo o mantra escrito em tinta dourada sobre um papel azul consagrado. A sua influência benéfica exercer-se-á no estado intermediário e conduzirá esse ser a uma existência melhor. Cantar este mantra numa viatura ou em qualquer outro tipo de transporte é uma protecção eficaz contra os acidentes.Podemos igualmente servir-nos dele para revitalizar a comida: ao pequeno-almoço, por exemplo, recitamo-lo algumas vezes e depois sopramos sobre os alimentos. Ou então, enquanto o recitamos, concentramo-nos para reunir mentalmente a essência dos elementos e dissolvêmo-la de seguida na comida. Esta verá a sua energia regenerada, reequilibrada e transformada. Este mesmo método pode servir para abençoar os remédios que tomamos ou damos, de modo a aumentar os seus efeitos terapêuticos. Segundo a medicina tibetana, é possível restabelecer o equilíbrio dos agregados do corpo físico utilizando os princípios activos de plantas e minerais específicos. Mas para reequilibrar o plano de energia muito subtil que circula no corpo e, em particular, o plano mental, isso não basta; é necessário recorrer à concentração e à recitação de certos mantras. Por essa razão, na medicina tibetana não nos contentamos em preparar os medicamentos mecanicamente. A pessoa que os prepara concentra-se com muito amor e compaixão e serve-se de mantras para consagrar os remédios durante o seu fabrico; o médico, por sua vez, age da mesma maneira antes de os administrar. Há então efeitos subtis que se conjugam aos efeitos químicos, equilibrando as energias subtis e contribuindo para o sucesso do tratamento. Também vocês podem consagrar os remédios que tomam com este mantra.Em resumo, o objectivo da prática deste mantra não é unicamente dar a quem o recita bênçãos e poderes, mas sim permitir-lhe que se ajude e que ajude os demais de múltiplas maneiras.Por conseguinte, na vida quotidiana, ganhem o hábito de o cantar ao levantar e ao deitar, antes de dar início a um projecto, a um trabalho ou a uma viagem.Quando estão felizes, cantem-no para propagarem a vossa alegria; tristes, cantem-no para apaziguarem o sofrimento do Universo. Os benefícios assim engendrados verter-se-ão sobre vós e sobre todos os seres, como um rio sem fim.
texto do Livro “Diamantes de Sabedoria” de Pema Wangyal

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Astrologia tibetana








Introdução

Tibetano Astrologia é uma ciência antiga concebido para proporcionar felicidade e saúde mental ea nível físico.

O principal objetivo da astrologia tibetana, como qualquer ciência moderna é compreender o cosmo, como funciona e como podemos nos beneficiar das forças que atuam nele e suas transições, para viver em harmonia com as constantes mudanças e alterações que fazem parte.


A interpretação de um mapa astrológico tradicional tibetana fornece informações sobre relacionamentos, trabalho, carreira, saúde, desenvolvimento de talentos, espirituais, etc É um guia indispensável para aprender sobre a nossa vida (passado, presente e futuro), permitindo-nos relacionar com eles a partir da sabedoria e não de ignorância. Como Ciência do Tempo, o básico das doutrinas astrológicas são baseadas em uma profunda compreensão das leis da causalidade: em outras palavras, o carma e os doze fatores interdependentes, os dois principais mecanismos de existência relativa.

O papel do astrólogo tibetano é principalmente para fornecer ferramentas que nos permitem fazer as circunstâncias mais favoráveis e fornecer recomendações sobre as acções necessárias para acompanhar e aplicar o antídoto para aliviar ou eliminar os obstáculos (geralmente sob a forma de orações e práticas budistas) que podem ser necessários.

A astrologia tibetana deve ser entendida como um meio e não um fim em si. Usando o conhecimento que nos dá um gráfico pode prevenir ou reduzir o sofrimento que poderia causar certos acontecimentos, e desenvolver plenamente as nossas capacidades e talentos. Observamos, também, os momentos positivos em nossas vidas para tentar beneficiar o maior número possível de seres, oferecendo conforto e felicidade aos que nos rodeiam.

Astrólogo motivação adequada é compaixão - qualidades sublimes - sem que se enquadram nos níveis de outras disciplinas comuns. O astrólogo tem o potencial de beneficiar os seres, na medida em que pode reduzir o sofrimento causado pela incerteza e da ignorância, levando-os para a felicidade. Da mesma forma, a motivação direito de consulta deve ser baseada no desejo de felicidade não só para si mas para todos os seres sencientes.

Breve História da Astrologia Tibetana
A astrologia tem influências tibetanas no sudeste da Ásia, da Pérsia, Grécia e Mongolia. Apesar de sua relação com diferentes culturas, tibetanos Astro-ciência tem suas raízes mais profundas na tradição religiosa Bon (principal religião do Tibet na antiguidade) e os sistemas astrológicos da Índia e da China, particularmente a tradição da Índia Shri Kalachakratantra. Estes últimos dois grandes ramos da Astrologia Tibetana (Índia e China) são, respectivamente, conhecido em tibetano como rtsis Skar ou "matemática das estrelas" e rtsis Byung-ou "a astrologia dos elementos."


Bon: A semente da astrologia tibetana
Todos nós queremos manter um estado serena e feliz da mente em nossa vida diária e evitar os obstáculos e circunstâncias adversas. Isto era verdade para o povo tibetano em épocas antigas e permanece até hoje. Quando infelizes acontecimentos ameaçam destruir sua paz de espírito (luto, doença, falhas no trabalho, etc) procurou um sentimento sutiã incapaz de lidar com a adversidade sozinha. Percebeu que as mais poderosas forças sobrenaturais estavam contidos nos quatro elementos básicos do universo, água, terra, fogo e ar e madeira, pedras, sol ea lua. Usaram-se para pedir ajuda a estas forças por sacrifícios de animais e orações. Tradição Bon tem muitas semelhanças com o Xamanismo, uma forma de prática espiritual muito popular em diferentes partes do mundo, incluindo a Ásia Central, na antiguidade. Os sábios da tradição Bon descobriu a relação entre os cinco elementos exteriores (madeira, fogo, água, terra e metal) e os quatro aspectos internos da condição humana: Sok (força vital), Lu (corpo físico), Wang-Thang (poder pessoal, finanças) e Pulmão-Ta (boa sorte sucesso). Acredita-se que cada um desses aspectos tem uma forte influência sobre a vida cotidiana de cada pessoa. Bon tribos também começou a usar o sistema de "Nine Mewas, um quadrado dividido em nove partes, marcados com números de 1 a 9, que representam a substância do mundo e os níveis de desenvolvimento espiritual. Mais tarde, os pensadores tibetanos desenvolveram um sistema de base astrológica baseada nos planetas e os doze animais, determinando as características e condições de cada ano, de acordo com suas combinações. Este antigo sistema foi transmitida de geração em geração e era muito popular especialmente em tribos nômades, que aplicou esse conhecimento para prever a mudança das estações e aplicá-lo nas suas culturas.

Fontes chinesas
China a astrologia é um dos dois grandes sistemas que compõem a astrologia tibetana. Jungsti conhecida como a "astrologia dos elementos" está relacionado com a programação, que inclui ciclos de sessenta anos e 12 anos, os cinco elementos da tradição chinesa, os doze animais, mágicos ou Mewas nove quadrados e oito Parkhead idêntico ao ba-guá ou trigramas do I Ching.

Os primeiros contatos do Tibete com séculos estudiosos chineses ocorreu entre V e VI, no final do reinado do rei trigésimo segundo do Tibete, Songtsen Namri. Quatro estudantes brilhantes foram enviados para a China para aprender elementos da astrologia e astronomia. Isto marcou um período em que o Tibete incorporou conhecimentos de países vizinhos como a Índia, Nepal, China e Grécia. Seu filho e sucessor, o grande Songtsen Gampo (617-650), tomou grande parte do desenvolvimento da cultura tibetana. Com o objetivo de reforçar as relações políticas e culturais com a China, o rei se casou com a filha do imperador Tai-tsung. Princesa Weng Cheng era versado em diferentes sistemas de conhecimento, incluindo o chinês astronomia, astrologia e medicina.

terça-feira, 20 de outubro de 2009





Zoroastrismo









O zoroastrismo, também chamado de masdeísmo, matismo ou parsismo, é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro. É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético. De acordo com os historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a existência de duas divindades (dualismo), representando o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã), de cuja luta venceria o Bem.
















O Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana antes do nascimento e depois da morte, é um dos símbolos do zoroastrismo.











História

A religião pré-zoroastriana


A religião do Irã antes do surgimento do zoroastrismo apresentava semelhanças com a da Índia Védica, dado que as populações que habitavam estes espaços descendiam de um mesmo povo, os arianos (ou indo-iranianos). Era uma religião politeísta, na qual o sacrifício dos animais e o consumo de uma bebida chamada haoma (em sânscrito: soma) desempenhavam nela um importante papel.
Os seres divinos enquadravam-se em duas classes, ambas de características positivas: os ahuras (em sânscrito: asuras; "senhores") e os daivas (em sânscrito: deivas; "deuses").





Zoroastro



Zoroastro viveu na Ásia Central, num território que compreendia o que é hoje a parte oriental do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Não existe um consenso em torno do período em que viveu; os académicos têm situado a sua vida entre 1750 e 1000 a.C.. Sobre a sua vida existem poucos dados precisos, sendo as lacunas preenchidas por lendas.
De acordo com os relatos tradicionais zoroastrianos, Zoroastro viveu no século VI a.C., pertecendo ao clã Spitama, sendo filho de Pourushaspa e de Dugdhova. Era o sacerdote do culto dedicado a um determinado ahura. Foi casado duas vezes e teve vários filhos. Faleceu aos setenta e sete anos assassinado por um sacerdote.
Aos trinta anos, enquanto participava num ritual de purificação num rio, Zaratustra viu um ser de luz que se apresentou como sendo Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o conduziu até à presença de Ahura Mazda (Deus) e de outros cinco seres luminosos, os Amesha Spentas, sendo este o primeiro de uma série de encontros com Ahura Mazda, que lhe revelou a sua mensagem.
As autoridades civis e religiosas opunham-se às doutrinas de Zoroastro. Após doze anos de pregação Zoroastro abandonou a sua região natal e fixou-se na corte do rei Vishtaspa na Báctria (região que se encontra no atual Afeganistão). Este rei e sua esposa, a rainha Hutosa, converteram-se à doutrina de Zoroastro e o zoroastrismo foi declarado como religião oficial do reino.
O principal documento que nos permite conhecer a vida e o pensamento religioso de Zoroastro são os Gathas, dezessete hinos compostos pelo próprio Zoroastro e que constituem a parte mais importante do Avesta ou livro sagrado do zoroastrismo. A linguagem dos Gathas assemelha-se à que é usada no Rig Veda, o que situaria Zoroastro entre 1500-1200 a.C. e não no século VI a.C. Vivia na Idade do Bronze, numa sociedade dominada por uma aristocracia guerreira.
Para alguns investigadores, muito mais do que o fundador de uma nova religião, Zoroastro foi antes um reformador das práticas religiosas indo-iranianas. Ele propôs uma mudança no panteão dominante que ia no sentido do monoteísmo e do dualismo. Na perspectiva de Zoroastro, os ahuras passam a ser vistos como seres que escolheram o bem e os daivas o mal. Na Índia, o percurso seria inverso, com os ahuras a representarem o mal e os daevas o bem.
Zoroastro elevaria Ahura Mazda ("Senhor Sábio") ao estatuto de divindade suprema, criadora do mundo e única digna de adoração.
Outro conceito religioso por si apresentado foi o dos Amesha Spentas ("Imortais Sagrados"), que podem ser descritos como emanações ou aspectos de Ahura Mazda. Nos Gathas os Amesha Spentas são apresentados de uma forma bastante abstracta; séculos depois eles serão transformados e elevados ao estatuto de divindades. Cada Amesha Spenta foi associado a um aspecto da criação divina.



Os Amesha Spentas são:




Vohu Manah ("Bom Pensamento"): os animais;
Asha Vahishta ("Verdade Perfeita"): o fogo;
Spenta Ameraiti - ("Devoção Benfeitora"): a terra;
Khashathra Vairya - ("Governo Desejável"): o céu e os metais;
Hauravatat ("Plenitude"): a água;
Ameretat ("Imortalidade"): as plantas.



Os Gathas revelam também um pensamento dualista, sobretudo no plano ético, entendido como uma livre escolha entre o bem e o mal. Posteriormente, o dualismo torna-se cosmológico, entendido como uma batalha no mundo entre forças benignas e forças maléficas.
Atualmente os zoroastrianos dividem-se entre o dualismo ético ou o dualismo cosmológico, existindo também outros que aceitam os dois conceitos. Alguns acreditam que Ahura Mazda tem um inimigo chamado Angra Mainyu (ou Ahriman), responsável pela doença, pelos desastres naturais, pela morte e por tudo quanto é negativo. Angra Mainyu não deve ser visto como um deus; ele é antes uma energia negativa que se opõe à energia positiva de Ahura Mazda, tentando destruir tudo o que de bom foi feito por ele (a energia positiva de Deus é chamada de Spenta Mainyu). No final Angra Mainyu será destruído e o bem triunfará. Outros zoroastrianos encaram o dualismo no plano interno de cada pessoa, como a escolha que cada um deve fazer entre o bem e o mal, entre uma mentalidade progressista e uma mentalidade retardatária.
Os zoroastrianos acreditam que Zoroastro é um profeta de Deus, mas este não é alvo de particular veneração. Eles acreditam que através dos seus ensinamentos os seres humanos podem aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça (asha).



A época aqueménida:


Entre a morte de Zaratustra e a ascensão do Império Aqueménida no século VI a.C. pouco se sabe sobre o zoroastrismo, a não ser que se difundiu por todo o planalto iraniano.
Em 549 a.C. Ciro II derrota Astíages, rei dos Medos, e funda o Império Persa, que unia sob o mesmo ceptro os Medos e os Persas. A dinastia à qual pertencia, os Aqueménidas, adoptará o zoroastrismo como religião oficial do império, mas será tolerante em relação às religiões dos povos que nele vivem. Foi o rei Ciro II (dito O Grande) que libertou os Judeus do seu cativeiro e permitiu o regresso destes à Palestina. Provavelmente o primeiro rei persa que reconheceu oficialmente esta religião foi Dario I, como mostra uma placa de ouro na qual o rei se proclama devoto de Ahura Mazda.
Dario teve que combater um usurpador chamado Gautama, que se fazia passar por um filho de Ciro. Gautama ordenou a destruição de santuários pagãos que seriam restaurados por Dario. Por causa deste comportamento atribui-se por vezes a Gautama a adopção do zoroastrismo.
Os Medos possuíam uma casta ou tribo sacerdotal, conhecida como os Magi, que adoptaram a religião de Zaratustra, não sem introduzir alterações na mensagem original e incorporando antigas concepções religiosas. Os Magi seriam a classe sacerdotal dos três grandes impérios persas. Casavam dentro do seu grupo e expunham os corpos dos mortos às aves de rapina, duas práticas que viriam a ser adoptadas pelos zoroastrianos. Os sacerdotes recuperam os antigos sacrifícios e o uso do haoma. Os Amesha Spentas, inicialmente abstractos no pensamento de Zaratustra, foram personalizados e antigas divindades passaram a ser adoradas. Entre essas divindades (yazatas) estavam o Sol, a Lua, Tishtrya (deus da chuva), Vayu (o vento), Anahita (deusa das águas) e Mitra.
Foram também erigidos grandes templos e altares de fogo ao ar livre. Artaxerxes II (404-358 a.C.) chegou mesmo a ordenar a construção de templos em honra de Anahita nas principais cidades do império. Durante este período foi também criado o calendário zoroastriano e desenvolveu-se o conceito do Saoshyant, segundo o qual um descendente de Zarastustra, nascido de uma virgem, viria para salvar o mundo.



A época arsácida e sassânida



Com a conquista da Pérsia por Alexandre Magno, em 330 a.C., o zoroastrismo sofreu um duro golpe, tendo a classe sacerdotal sido dizimada e muitos templos destruídos. O incêndio da capital do império, Persépolis, provocaria o desaparecimento de textos da religião conservados na biblioteca da cidade.
Durante o governo dos Selêucidas o zoroastrismo foi respeitado e geraram-se sincretismos entre este e a religião grega (por exemplo, ocorreu uma associação de Zeus a Ahura Mazda). Mas um verdadeiro renascimento do zoroastrismo só começa durante a dinastia dos Partos Arsácidas no século III a.C.. Nesta fase foi compilado o Vendidad, uma parte do Avesta que recolhe textos relacionados com medicina e rituais de pureza.
No período da dinastia Sassânida (224 a.C. - 651 d.C.) o zoroastrismo foi completamente restaurado graças à intervenção de Kartir e de Tansar. O zoroastrismo tornou-se a religião mais comum entre as massas, sendo praticado numa vasta área que ia do Médio Oriente às portas da China. Nesta época assistiu-se à formação de uma verdadeira "Igreja" zoroastriana centrada na Pérsia, foram banidas da prática religiosa as imagens, criou-se o alfabeto avestano e novos textos passam a integrar o Avesta, tais como o Bundahishn e o Denkard. Ao contrário do período Aqueménida, este período ficou marcado pela intolerância em relação a outras religiões, tendo sido promovidas perseguições aos judeus e cristãos. O clero zoroastriano detinha um grande poder e assegurava que cada novo monarca fosse zoroastriano; pesados tributos recaíam sobre a população como forma de sustentar a forma de vida do clero.



A chegada do islão













Apesar da conversão da Pérsia ao Islão após a conquista dos árabes no século VII, o zoroastrismo sobreviveu em algumas comunidades persas, agrupadas nas cidades de Yazd e Kerman. Os muçulmanos consideraram os zoroastrianos como dhimmis, ou seja, praticantes do monoteísmo (à semelhança dos judeus e dos cristãos) e como tal foram sujeitos a pesados tributos cujo objectivo era estimular a conversão ao Islão.
No século X um grupo de zoroastrianos deixou a Pérsia e fixou-se na Índia, na região do Gujarate. Aqui estabeleceram um comunidade local que recebeu o nome de "Parsi" ("Persas" na língua gujarate) e que permanece naquele território até aos nossos dias. Esta comunidade zoroastriana foi influênciada pelos tradições locais e as suas particularidades levam a que se fale em Parsismo. Até 1477 os Parsis não mantiveram contacto com os zoroastrianos que permaneceram no Irão. Nesse ano restabeleceu-se o contacto sob a forma de troca de correspondência que durou até 1768.
No século XIX a conquista da Índia pelos britânicos levaria a um confronto entre os valores tradicionais dos parses e os valores religiosos e culturais do Ocidente. John Wilson, um missionário cristão da Escócia, atacou a religião dos Parses, alegando que o dualismo presente era contrário ao verdadeiro espírito monoteísta. Martin Haug, um filólogo alemão, que viveu e ensinou em Puna durante a década de 60 do século XIX, concluiu que apenas os Gathas eram as palavras originais do profeta Zaratustra. Estes acontecimentos propiciaram o início de um movimento de reforma religiosa, que divide a comunidade zoroastriana entre aqueles que pretendem um regresso a concepções que entendem como mais puras e próximas da mensagem inicial, rejeitando o excessivo ritualismo, e os tradicionalistas.












Doutrinas e crenças






Os masdeístas não representam seus deuses em esculturas e não têm templos.
Deixou traços nas principais religiões mundiais como o judaísmo, cristianismo e islamismo através das seguintes crenças:
Imortalidade da alma
Vinda de um Messias
Ressurreição dos mortos
Juízo final
A doutrina de Zaratustra foi espalhada oralmente e suas reformas não podem ser entendidas fora de seu contexto social. O indivíduo pode receber recompensas divinas se lutar contra o mal em seu cotidiano, como pode também ser punido após a morte caso escolha o lado do mal. Os mortos são considerados impuros, então não são enterrados, pois consideram a terra, o fogo e a água sagrados, eles os deixam em torres para serem devorados por aves de rapina.













Textos religiosos






O principal texto religioso do zoroastrismo é o Avesta. Julga-se que a actual forma do Avesta corresponde a apenas uma parte de Avesta original, que teria sido destruído em resultado da invasão de Alexandre o Grande.
O Avesta divide-se em várias secções, das quais a principal é o Yasna ("Sacríficios"). O Yasna inclui os Gathas, hinos que se julga terem sido compostos pelo próprio Zaratustra. O Vispered é essencialmente um complemento do Yasna. O Vendidad é a secção que contém as regras de pureza da religião, podendo ser comparado ao Levítico da Bíblia. Os Yashts são hinos dedicados às divindades.
Para além do Avesta existem os textos em palavi, escritos na sua maior parte no século IX.








Escatologia individual





A escatologia individual do zoroastrismo afirma que três dias após a morte a alma chega à Ponte Cinvat. A alma de cada pessoa percepciona então a materialização dos seus actos (daena): uma alma que praticou boas acções vê uma bela virgem de quinze anos, enquanto que a alma de uma pessoa má vê uma megera.
Cada alma será julgada pelos deuses Mithra, Sraosha e Rashnu. As almas boas poderão atravessar a ponte, enquanto que as más serão lançadas para o inferno; as almas que praticaram uma quantidade idêntica de boas e más acções são enviadas para o Hamestagan, uma espécie de purgatório.
As almas elevam-se ao céu através de três etapas, as estrelas, a Lua e o Sol, que correspondem, respectivamente, aos bons pensamentos, boas palavras e boas acções. O destino final é o Anagra Raosha, o reino das luzes infinitas.



Sacerdócio



Existem três graus de sacerdócio no zoroastrismo contemporâneo. O sacerdócio tende a ser hereditário, embora não seja obrigatório que o filho de um sacerdote venha a seguir a profissão do pai.
Os sacerdotes de grau inferior recebem o nome de ervad, neste grau inicial é preciso conhecer de cor as escrituras do zoroastrismo, bem como a lei; desempenham apenas uma função de assistente nas cerimónias mais importantes da religião. Acima de si encontra-se o mobed e por sua vez acima deste o dastur, que é responsável pela administração de um ou vários templos, por vezes comparado ao bispo do cristianismo.





Locais de culto:





Os templos religiosos do zoroastrismo, onde se desenrolam as cerimónias e se celebram os festivais próprios da religião, são conhecidos como templos de fogo.
Estes edifícios possuem duas partes principais. A mais importante é a câmara onde se conserva o fogo sagrado, que arde numa pira metálica colocada sobre uma plataforma de pedra. Os sacerdotes zoroastrianos visitam o fogo cinco vezes por dia e procuram mantê-lo aceso, fazendo oferendas sândalo purificado. Recitam também orações perante o fogo com a boca tapada por um tecido, de modo a não contaminarem o fogo. Este respeito pelo fogo sagrado levou a que os zoroastrianos fossem chamados de "adoradores de fogo", o que constitui um erro, na medida em que o fogo não é adorado em si, mas como um símbolo da sabedoria e luz divina de Ahura Mazda. Os templos de fogo mais importantes do Irão e da Índia mantêm uma chama de fogo sagrado a arder perpetuamente.





Rituais





O zoroastrismo não determina que os membros devam realizar um número obrigatório de orações por dia. Os zoroastrianos podem decidir quando e onde desejam orar. A maioria dos zoroastrianos reza várias vezes por dia, invocando a grandeza de Ahura Mazda. As orações são feitas perante uma chama de fogo.
O Navjote (ou Sedreh-Pushi como é conhecido entre os zoroastrianos do Irão) é uma cerimónia de iniciação obrigatória destinada às crianças zoroastrianas que deve acontecer entre os sete e os quinze anos de idade. É importante que a criança já conheça as principais orações da religião.
Antes da cerimónia começar a criança toma uma banho ritual de purificação (Naahn). Durante a cerimónia, conduzida pelo mobed e na qual estão presentes familiares e amigos, a criança recebe o sudreh (ou sedra, uma veste branca de algodão) e o kusti (um cordão feito de lã) que ata na sua cintura. A partir deste momento o zoroastriano deve usar sempre o sudreh e o kusti.
O casamento zoroastriano implica dois momentos distintos. No primeiro os noivos e os seus padrinhos assinam o contrato de casamento. Segue-se a cerimónia propriamente dita durante a qual as mulheres da família colocam sobre a cabeça dos noivos um lenço; simultaneamente dois cones de açúcar são esfregados um contra o outro. O lenço é então cosido, simbolizando a união do casal. As festas do casamento podem prolongar-se entre os três e os sete dias.








Práticas funerárias





Os zoroastrianos acreditam que o corpo humano é puro e não algo que deva ser rejeitado. Quando uma pessoa morre o seu espírito deixa o corpo num prazo de três dias e o seu cadáver é impuro. Uma vez que a natureza é uma criação divina marcada pela pureza não se deve polui-la com um cadáver.
Na prática esta crença implicou que os cadáveres dos zoroastrianos não fossem enterrados, mas colocados ao ar livre para serem devorados por aves de rapina, em estruturas conhecidas como Torres do silêncio (dokhma)
Após a morte um cão é trazido perante o cadáver, num ritual que se repete cinco vezes por dia. No quarto onde se encontra o cadáver arde uma pira de fogo ou velas durante três dias. Durante este tempo os vivos evitam o consumo de carne.
Os participantes no funeral vestem-se todos de branco, procurando-se evitar o contacto directo com o defunto. O cadáver (sem roupa) é então depositado numa torre do silêncio. Depois das aves terem consumido a carne, os ossos são deixados ao sol durante algum tempo para secarem.
Por motivos vários (relacionados por exemplo com a diminuição da população de aves de rapina ou com a ilegalidade desta tradição em alguns países) esta prática tem sido abandonada zoroastrianos residentes em países ocidentais e até mesmo no Irão e Índia, optando-se pela cremação.

Festas

As comunidades zoroastrianas actuais regem-se por três calendários diferentes:
o Fasli (usado pelos Zoroastrianos Iranianos e alguns Parses);
o Shahanshahi (usado pela maioria dos Parses); e
o Qadimi (este último o menos utilizado de todos).
O que significa que as festas religiosas podem ser celebradas em diferentes dias, nestes calendários cada mês e cada dia do mês recebe o nome de um Amesha Spenta ou de um Yazata. Os zoroastrianos celebram seis festivais ao longo do ano - os Gahambars - cujas origens se encontram nas diferentes actividades agrícolas dos antigos povos do planalto iraniano e nas estações do ano.
O Noruz é o Ano Novo Persa, celebrado no dia 21 de Março no calendário Fasli (os parses celebram o Noruz em meados de Agosto). Por volta deste dia os zoroastrianos colocam nas suas casas uma mesa com sete itens: um vaso com rebentos de lentilhas ou de trigo, um pudim, vinagre, maças, alho, pó de sumagre, frutos da árvore jujube; outros elementos que enfeitam a mesa são moedas, o Avesta, um espelho, flores e uma imagem de Zaratustra. O Noruz é celebrado com o uso de roupas novas, com o consumo de pratos especiais, com a troca de presentes e com a celebração de cerimónias religiosas. O fogo tem nele um significado especial. Seis dias depois do Noruz os zoroastrianos festejam o nascimento de Zaratustra.

O zoroastrismo hoje

A comunidade zoroastriana existente no mundo contemporâneo pode ser dividida em dois grandes grupos: os Parses e os zoroastrianos iranianos. Para além destes existem também ocidentais convertidos à religião. Segundo estimativas de 2004 o número de zoroastrianos era de 124 mil pessoas.
Na Índia os Parses são reconhecidos pelas suas contribuições à sociedade no domínio económico, educativo e caritativo. Muitos vivem em Mumbai (Bombaim) e têm tendência para praticar a endogamia, desencorajando o proselitismo religioso. Vêem a sua fé como étnica.
Em geral os zoroastrianos iranianos mostram-se mais abertos a aceitar conversões. Concentram-se nas cidades de Teerão, Yazd e Kerman. Falam uma variante da língua persa, o Dari (diferente do Dari falado no Afeganistão). Receberam o nome de gabars, termo inicialmente com conotações pejorativas (no sentido de "infiel"), mas que perdeu muito da sua carga negativa.
Uma diáspora zoroastriana pode ser encontrada em países como o Reino Unido, Canadá (6 mil pessoas), Estados Unidos (11 mil pessoas) e Austrália (2700 pessoas) e nos países do Golfo Pérsico (2200 pessoas).
A UNESCO declarou o ano de 2003 como ano de celebração dos 3000 anos da religião e cultura zoroastriana, numa iniciativa proposta pelo governo do Tadjiquistão.


domingo, 6 de setembro de 2009

REIKI




Reiki é uma forma de terapia baseada na canalização da energia universal (ki) através da imposição de mãos com o objetivo de reestabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural; podendo eliminar doenças e promover saúde.
Apesar de determinados relatos, não é reconhecida pela medicina pela ausência de evidências científicas de sua eficácia. Mas é reconhecido como terapia alternativa complementar pela OMS. Há diversos estudos sendo realizados sobre a real eficácia desta prática, vários podem ser encontrados no site Pubmed, mas por falhas de metodologia não são considerados como comprovação científica dos resultados do Reiki.



Os kanji rei e ki significam "espírito" e "energia"; desse modo, reiki pode ser traduzido como "energia espiritual".
História:


A sua prática constitui-se numa antiga arte budista de canalizar a energia universal pela imposição das mãos, redescoberta no Japão no início do século XX pelo Dr. Mikao Usui, e introduzida nos Estados Unidos da América por volta de 1940 pela Sra. Hawayo Takata, uma americana de origem japonesa.
Hoje, entretanto, devido as recentes descobertas do senhor Franck Arjava Petter, sabe-se muito mais a respeito do Reiki e que ajudou a redescobrir a linhagem mais próxima de Usui Sensei, através de uma aluna de Hayashi Sensei, a senhora Chiyoko Yamaguchi, criadora do Jinkiden Reiki Kenkiukay, ou Método Direto de Ensino de Reiki.
Como o conhecemos hoje, o Reiki é uma terapia holística natural que preconiza que, através da imposição de mãos do Terapeuta Reiki, irradiam-se as vibrações de harmonia da energia vital do Universo (Rei) para restabelecer o equilíbrio da energia vital (Ki) de quem o recebe, podendo refletir assim nas zonas doentes do corpo de um paciente.




Teorias e práticas:


Algumas escolas ensinam que o Reiki entra nos seus praticantes através do sétimo chakra (a Coroa), preenche o sistema energético sutil do praticante, e após ser transubstanciada no chakra Cardíaco, flui através das suas mãos para o corpo de quem recebe.
Outras escolas ensinam que a energia entra através do primeiro chakra (raiz), preenche a aura, torna-se centrada no quarto chakra (coração) e flui através das mãos do praticante.
A maioria das escolas ensina que a energia Reiki é uma energia "inteligente", que "sabe o que fazer", ou "onde é necessária". Também afirmam que, por outro lado, se quem recebe não estiver aberto ao tratamento, modificando suas emoções, pensamentos e atos nocivos, a energia não terá efeito duradouro no organismo, persistindo o desequilíbrio energético e, por conseqüência direta, a enfermidade.

Meridianos.
O "tratamento" é tradicionalmente efetuado ao impor-se as mãos. O praticante pede a quem recebe para se deitar e relaxar. Então, o praticante atua como um canal para a energia Reiki, teoricamente deixando a energia ser canalizada através das suas mãos até onde quem recebe mais precisa. Normalmente o praticantes aplica as suas mãos em vários locais do corpo de quem recebe Reiki.
Alguns praticantes tocam no corpo ou mantêm as mãos próximas do local a ser tratado. Alguns pacientes relatam sentir várias sensações subjectivas e objectivas: calor, frio, pressão, sonolência, vibrações, etc.
Os praticantes de Reiki atribuem estas sensações à energia Reiki chegando ao corpo e à aura de quem a recebe e a reparar as suas deficiencias energéticas, reparando e abrindo os seus canais energéticos (meridianos), removendo bloqueios, etc..
Outros pacientes relatam sentir muito pouca ou nenhuma alteração.
Na verdade, o Reiki ainda não foi explicado pelo homem. É algo divino.
Os cinco princípios do Reiki:
O que é considerado como principos do Reiki, na verdade para os japoneses e antigos praticantes do Reiki é um Kotodama, ou conjunto de preceitos que devem ser repetidos pela manhã e pela noite por possuir uma alma e por isso possuir energias curativas.
São eles:
Apenas hoje:
Liberte-se da raiva
Liberte-se da preocupação
Seja Grato
Cumpra seus deveres
Seja gentil com todos os seres.
Para Usui Sensei, estes ensinamentos deveriam ser tratados como mantras e por isso sempre recitados para que se possa alcançar paz e iluminação.
O Reiki enquanto terapia:
O Reiki é considerado complementar a qualquer tratamento convencional. Apenas influenciaria a forma como o corpo gera as suas próprias reservas de energia, ajudando-o a compensar-se e equilibrar-se. Ao equilibrar-se, o corpo garantiria o processo da auto-cura mais efetivamente, prolongando assim a longevidade. Muitos atribuem a grande longevidade dos anciões da China e do Japão à manipulação do Chi, apesar desse fenômeno poder ser explicado por outros fatores genéticos e ambientais. Acredita-se que o reiki teria efeito mais profundo se o praticante emanar amor naquilo que faz.
O Reiki tem se difundido pouco entre os diversos profissionais da área da saúde. Defensores da prática defendem a disseminação do seu uso em instituições de saúde apesar de ele ser, obviamente, recusado. Pois convém não esquecer que o Reiki é uma medicina alternativa, o que como o nome indica, significa que se baseia na pseudo-ciencia. Não pode ser provado nada do que o reiki afirma, pelo que se aconselha aqueles que o querem experimentar, a serem racionais e nunca prescindirem dos tratamentos médicos convencionais sujeitos a provas e baseado no método científico de experimentação e verificação.
LINHAGEM:
Mikao Usui ,Chujiro Hayashi, Hawayo Takata, Beth Gray, Collen Kennard, Cheryl Coleman, Carla Gifford, Rosy Naor, Sandra Ramos, Ana Eugénio, Rodrigo Belard. Hugo Santos.

quarta-feira, 10 de junho de 2009


ABANDONANDO O PASSADO

Reúna coragem, pois a jornada já começou. Mesmo se você voltar, não irá encontrar a mesma praia outra vez. Mesmo se você voltar, os velhos brinquedos não o ajudarão em nada, você já não tem o que fazer com eles, pois saberá que são brinquedos. Agora aquilo que é real deve ser encontrado, deve ser pesquisado. E não está muito longe: está dentro de você.
Um homem que vive de acordo com o passado certamente irá encontrar tédio, falta de sentido e uma espécie de angústia: "O que estou fazendo aqui? Por que continuo a viver? O que há no amanhã? Outra repetição do dia de hoje? E tudo que houve hoje foi uma repetição de ontem." Então qual é o sentido? Por que ficar se arrastando do berço até a sepultura, cumprindo a mesma rotina?Isso pode ser bom para búfalos ou asnos, porque eles não têm uma memória do passado, não têm qualquer idéia sobre o futuro. Eles não ficam entediados, porque é necessário uma certa consciência para que haja tédio. Essa consciência percebe que você já fez isso antes, que está fazendo de novo e que o fará mais uma vez amanhã, porque você não sai do passado, não deixa que ele morra, você o mantém vivo. Esse é o dilema que todos encontram na vida e a única solução é deixar o passado morrer.Há uma linda história na vida de Jesus. Ele chegou a um lago, cedo pela manhã, antes que o sol nascesse. Um pescador ia jogar sua rede no lago, quando Jesus colocou sua mão no ombro do pescador e disse: "Durante quanto tempo você vai fazer essa mesma coisa, todos os dias - manhã, tarde e noite - apenas pescar? Você acha que isso é tudo que há na vida?."O pescador disse: "Nunca havia pensado nisso,mas, como você fez a pergunta, entendo o que você diz, deve haver algo mais na vida."Jesus então disse: "Se vier comigo, lhe ensinarei como pescar homens, em vez de pescar peixes." O homem olhou nos olhos de Jesus. Havia tanta profundidade, tanta sinceridade, tanto amor que não era possível duvidar daquele homem, havia um silêncio tão grande a seu redor que não era possível dizer não para ele. O pescador atirou sua rede na água e seguiu Jesus.Quando eles estavam prestes a deixar a cidade, um homem veio correndo e disse ao pescador: "Seu pai, que estava doente há dias, morreu. Volte para casa!"O pescador perguntou a Jesus: "Dê-me apenas três dias, para que eu possa cumprir os últimos rituais que um filho deve desempenhar quando seu pai morre."Jesus respondeu ao pescador - e essa é a frase da qual gostaria que vocês se lembrassem: "Deixe que os mortos enterrem os mortos, você vem comigo."O que ele quis dizer? "Toda a cidade está repleta de pessoas mortas. Elas irão lidar com o corpo de seu pai. Você não é necessário, você vem comigo."A cada momento algo está morrendo. Não seja um colecionador de antiguidades: deixe para trás tudo aquilo que está morto. Continue com sua vida, com sua plenitude e intensidade, e nunca irá se defrontar com nenhum dilema, nenhum problema.
OSHO
HOJE, NÃO ME PREOCUPO

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"Sou um homem pacífico; Deus sabe o quanto amo a paz. Porém espero jamais ser tão covarde que confunda opressão com paz."
( Kossuth )
Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos ?
Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro
Corri pro esconderijo
Olhei pela janela
O sol é um só
Mas quem sabe são duas manhãs
Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero
Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto